domingo, dezembro 10, 2006

Visita a Barcelona

Voilá, agora temos um blogg sobre ERASMUS em Valência

Estou em Barcelona (isto começa coerente nao), já agora, em Espanha serve só para o "ñ" por isso nao me difameis o vocabulário. Vim passar 5 dias a Barcelona com uns amigos portugueses, o Manuel o Ludovic a Catia e o Bernardo. Viemos de comboio, onde quase nao apanhavamos o comboio...chegámos muito em cima da hora porque aqui o je tinha que tomar os seus cereais matinais (6.20h). O que se passou é que na estaçao de Valencia fazem detecçao por raio X e demorámos mais que o esperado e quase perdiamos o comboio. O "pica" ia mandar arrancar o comboio com nos a 10 metros da carruagem, cabrónes!!

Mas chegámos bem aqui ao Barcelona Mar Hostel, a chuver, a um backpackers youth hostel para nos hospedarmos nos os 5 com mais 5 alemaes num quarto com 10 camas em beliches metalizados. Digo-vos, aquilo parecia um submarino pelo calor e os estalos e pancadas metalicas...pareciam rebites e cargas de profundidade em cima de mim hehehe que cena

Mas pronto, esticamos os dias até ao máximo com a ida à catedral, museu Dali, bairro gotico etc no centro historico logo para começar e chegando ao quarto depois de acordar às 5 da matina, qualquer receptáculo nocturna que surja é um mimo, mesmo o interior de um submarino durante a segunda guerra.

No dia seguinte acordámos cedo e motivados por a chuva ter terminado e vimos quase metade de barcelona, bem esteja a exagerar, mas foi um bom bocado: sagrada familia, parc güell etc(= so fizemos isto, mas tivemos a andar tanto para o parc guëll, obra do Gaudi, que aquilo era tao inclinado que até instalaram escadas rolantes ao ar livre, na rua, para subir até ao monte onde ele estava...mas valeu a pena, a vista é formidável e o passeio verdejante), á noite vi o benfica num pub perto do hostel, daqueles com foster's a 5 euros e 2 ecras a dár o Manchester Utd - Benfica e o Arsenal - Porto ao lado de um americano que agora vive em Bueno Aires e que está em "negócios" em Barcelona, a ver o jogo do Manchester, tal como eu, e que nao gosta dos EUA e que adora futebol. Interessante para começar a noite, mas apenas vai melhorar.

Saímos as 2h do hostel depois de uma refeiçao bem regada a vinho e fomos em direcçao á discoteca Paloma para uma muito também agradavelmente merecida noitada no espaço nocturno mais antigo de BArcelona num teatro enormeeee convertio em discoteca...muito bom, uma mistura de rock com house meio intercalados e um espaço ainda com o palco, e com travestis a dançar...que bizarro, mas pelos vistos é notmal por aqui hehe.

(a continuar...)

quinta-feira, junho 29, 2006

Psicadelismo

A saúde é tema total, nele se ramificam as questões da condição humana, esse eterno desconhecido. A morte já foi falada anteriormente, por isso só nos resta a vida. Nós queremos vida, por isso procuramos por todos os meios mantê-la para usufruir dela.
Descobrimos plantas, fungos, minerais…moléculas, químicos mesmo que de origem biológica, e manipulamo-nos à procura da sua mais-valia terapêutica. É impressionante o que a nossa tenacidade nos levou a evoluir, a buscar.

Nisto se enquadram as moléculas que vingaram e as que não foram facilmente rotuláveis, pois o seu efeito terapêutico era questionável. Por exemplo, a heroína…essa que foi inicialmente descoberta por investigadores de uma empresa multinacional farmacêutica como meio de aumentar o endurance de soldados americanos.

Entre outros psicotrópicos, surge o LSD25 (abreviação de dietilamida do ácido lisérgico) é uma substância que lembra outras substâncias presentes em um cogumelo, a Claviceps purpúrea.
Esta molécula foi um produto sintetizado laboratorialmente a partir deste fungo e é simplesmente potentíssima para o ser humano. O LSD25 é tão potente que pequeníssimas doses, de 20 a 50 microgramas já produzem alterações mentais. O que se descobriu foi uma droga muito poderosa que induz alucinações sensoriais, que centram o consumidor no “eu” intensamente. Induz uma viagem (trip) à psique interior, a encontrar respostas a perguntas nunca feitas e a vivenciar através dos sentidos como nunca anteriormente feito. O seu efeito inicia-se 30 a 90 minutos após a toma e dura até 6 horas…

Observando de fora tenho a percepção que nem consigo imaginar a sensação que possa causar, mas permite-me conjecturar sobre o papel que isto possa ter sobre a condição humana, essa sacana. Procuramos respostas por todos os meios possíveis não é verdade?
Muitos já se questionaram que se a resposta não está lá fora, pode estar cá dentro e olhando objectivamente, à primeira vista, LSD até não é mau pensado. Senão vejamos: causa tolerância mas esta termina quando se deixa de consumir, não tem efeitos secundários físicos de grande importância, talvez alguma fadiga com consumo crónico. Claro que altera a personalidade, pois está-se centrado no “eu” e num estado desinestesia. É um conceito fantástico, pois provoca sensações como ouvir uma cor, ver um som, ou seja, as sensações auditivas traduzem-se em imagens e as imagens em sons.

Mas há o reverso da medalha que é o desconhecido, do mesmo modo que há viagens psicadélicas belas e sensacionais, também há a hipótese de uma demoníaca, depressiva, sufocante, durante perto de 6 horas. Embora através dos anos certos condicionalismos foram documentados, há sempre esse risco. Outro risco, e talvez o pior, seja o da dependência psicológica permanente: as experiências vivenciadas revelaram-se tão sublimes, que o desejo de as repetir se torna incontornável.

E é isto, no essencial é isto, a vida define-se por escolhas e consequências e acima de tudo gerir tudo isto. Trabalhar com o que se tem, mas gerir com o que é que se trabalha, este é o meu lema…se não o costumo dizer é porque é bastante longo e não me lembro dele muitas vezes.